Jerzy Kosinski (1933-1991) nasceu em Lódz, na Polônia, com o sobrenome Lewinkopf, e escreveu alguns romances que funcionavam como estudos sociológicos de indivíduos em sociedades de controle. Aos 6 anos, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, vagou pela Polônia e pela Rússia com sua família, que adotou um novo sobrenome (Kosinski) e passou a se esconder das perseguições nazistas. Kosinski estudou história e ciências políticas na Universidade de Lódz e, de 1955 a 1957, foi professor de sociologia na Academia Polonesa de Ciências. Em 1957, emigrou para os Estados Unidos, fixando residência em Nova York, aprendeu inglês sozinho e publicou duas obras de não ficção, depois tomando o mundo literário de assalto com O Pássaro Pintado (1965; filme 2019), um relato explícito das experiências horríveis de uma criança judia deixada para se defender por si mesma na Segunda Guerra Mundial. O livro foi seguido por Steps (1968), que ganhou o National Book Award, e Being There (1971; filme 1979). Kosinski recuperou seu prestígio após as controvérsias com seu nome e cometeu suicídio aos 57 anos, em 1991.